Segundo o site Ucho.info, a visita da
senadora Gleisi Hoffmann a uma invasão do MST tem sido objeto de
ridículo nas redes sociais, principalmente porque ela utilizava
uma echarpe da grife francesa Louis Vuitton.
Segundo o catálogo da LV, o item, de alto
luxo, custa R$ 2.380,00, equivalente a quase três salários mínimos, ou
13 vezes o valor do benefício do “Bolsa Família”.
Adversários da senadora chegaram a fazer
uma troça dizendo que o fascínio de Gleisi por essa grife estaria por
trás de uma iniciativa bizarra: propor a criação do “Assentamento Louis
Vuitton”.
A mesma brincadeira diz que Gleisi veria
Louis Vuitton como um “revolucionário”, que há 162 anos vem roubando dos
ricos (e os novos ricos, como a senadora). Seria uma forma de minar o
capitalismo por dentro, ao impor preços escorchantes por produtos comuns
de consumo acrescidos de uma grife.
Ela estaria supondo que Vuitton, sem
ninguém suspeitar, seria um revolucionário gramsciano, nascido antes de
Gramsci, o qual há mais de um século e meio vem minando o capitalismo em
suas entranhas.
A matéria conclui lembrando que já seria hora de homenageá-lo com um assentamento do MST.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) está
causando polêmica nas redes sociais por conta de um acessório utilizado
em uma série de visitas a acampamentos do MST e comunidades
quilombolas. O lenço da marca francesa Louis Vuitton utilizado pela
petista custa a bagatela de R$ 1,8 mil. Durante sua visita, a senadora
falou sobre o impeachment e participou do lançamento de pré-candidatos
petistas. Segundo a petista, o processo do impeachment é um golpe de
tendência neoliberal. Para os diversos usuários das redes sociais, é um
absurdo que uma acusada de receber propina do Petrolão e investigada
pela Operação Lava Jato ostente artigos de luxo que podem ter sido
comprados com dinheiro sujo, ainda mais em tempos de crise. A senadora
não comentou sobre o fato.
O site Ucho.info lembra que o gosto da
senadora por artigos de luxo é recorrente. Em outras ocasiões a senadora
já havia demonstrado sua predileção por produtos importados,
contradizendo a histórica defesa do socialismo. O adereço causa ainda
mais embaraço porque a senadora é acusada de ter recebido propina do
esquema do Petrolão, além de ter o seu marido envolvido no esquema da
Consist. No mês passado a senadora sofreu um duplo revés: foi condenada
pelo STF a devolver R$ 2 milhões recebidos em propina, além de ter o seu
marido Paulo Bernardo preso pela Polícia Federal na Operação Custo
Brasil.
A senadora se defende das acusações com
os mesmos argumentos utilizados contra o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Para Gleisi, há um processo de criminalização do petismo. Em
declaração recente na Comissão do Impeachment no Senado, a senadora
defendeu o partido afirmando que a corrupção do PT difere dos outros
partidos, cujos acusados de corrupção roubavam mais para si do que para o
partido. A senadora não comentou sobre o lenço.