Ela procurou a polícia e acionou a empresa, que prometeu uma solução em até três dias. Colegas queriam pregar uma "peça" nela
Na tarde deste sábado (18), ela procurou o GAZETA ONLINE para reclamar de um pacote de uma encomenda: onde deveria estar um smartphone Motorola XT 389, tinha uma pedra envolta em dois papéis.
"Fiz a compra pela internet no dia 13 deste mês. Eles informaram que entregariam o produto em até três dias úteis. A encomenda chegou no prazo certo, mas só hoje consegui abrir e encontrei as pedras. Estava tudo lacrado: o pacote da empresa, a caixa da Motorola e a nota. Quando abri vi as pedras e os papéis brancos", explicou.
Pelo aparelho que deveria ter chegado - desbloqueado, com Android 2.3, MP3 player e câmera - Rafaela pagou R$ 379, descontados no cartão de crédito. Além de registrar o fato, por meio de foto e vídeo, a universitária compareceu a uma unidade da Polícia Militar localizada em Santa Lúcia, também na Capital.
"Os policiais me encaminharam para o DPJ de Vitória. Lá, me informaram que eu deveria comparecer à Delegacia de Crimes Eletrônicos, localizada na Reta da Penha, na segunda-feira", informou.
A universitária informou que é acostumada a fazer compras pela internet, e que nunca teve problemas com os produtos adquiridos. Entretanto, é a primeira vez que realizava um pedido no site da Saraiva.
A estudante fotografou a pedra que recebeu, embrulhada em um pedaço de papel
"Nunca comprei lá. Mas um amigo meu realizou uma, na semana passada, e o produto chegou em perfeito estado. O que é mais estranho é que a caixa do celular também estava lacrada", afirma.
Ela entrou em contato com a empresa, que, segunda ela, informou que está encaminhando o caso para o setor de logística, para investigar se o problema aconteceu na loja ou é um problema da própria Motorola ou no transporte. Eles prometeram encaminhar uma resposta em até três dias.
Na noite deste sábado, a universitária afirma que recebeu um telefonema do site, que prometeu enviar um aparelho em até três dias.
No entanto, ainda durante a noite, amigos de trabalho da estudante entraram em contato com o GAZETA ONLINE para dizer que tudo não passava de uma brincadeira. "Recebemos o pacote no trabalho durante a semana e ligamos para ela. Ela, então, falou que poderíamos abrir o pacote e recarregar o aparelho. Foi aí que tivemos a ideia de colocar uma pedra na caixa e fechar direitinho, lacrando novamente o pacote. O problema é que esperávamos que ela pegasse a caixa na segunda-feira, quando todo mundo estivesse lá. Então ela foi ao trabalho no sábado e tomou um susto e foi à polícia. Foi uma brincadeira que saiu do controle e pedimos desculpa à ela. Sabemos que a empresa é séria. Tanto que ela comprou lá justamente por indicação nossa", conta Rafael de Souza Caterinque, colega de trabalho da estudante.
Há casos verídicos...
No entanto, casos de consumidores que recebem pedras e outros objetos no lugar do produto comprado são mais comuns do que se pensa. No mês passado, uma aposentada de Minas Gerais comprou um notebook pela internet e também recebeu uma bela pedra embalada na caixa do produto. E dessa vez, não era brincadeira.
Para as entidades de defesa do consumidor, o procedimento a ser adotado nesses casos é entrar imediatamente em contato com a empresa onde o produto for comprado e também acionar a polícia. Geralmente, os sites costumam efetuar a troca e enviar o verdadeiro produto para o consumidor.
Uma dica importante para evitar desconfianças por parte da empresa, e que também facilita a vida do consumidor na hora de provar que realmente foi lesado, é filmar todo o processo de abertura da embalagem do produto.
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