É impressionante. Ele não é político nem
se diz candidato, mas todos os presidenciáveis o temem. Enquanto a
imagem dos políticos tradicionais vem descendo a ladeira, os protestos
nas ruas tiveram o efeito colateral de aumentar a popularidade dele. E
ninguém sabe o que fará o ministro Joaquim Barbosa. Se sairá candidato
ou não.
Daqui para frente, porém, toda pesquisa
eleitoral terá de incluir o nome dele, caso contrário os resultados vão
parecer mais falsos do que uma nota de três dólares. Mesmo sem se
lançar, já conta com a intenção de voto de significativa parcela do
eleitorado. E o resultado do crescimento de seu prestígio já provoca
fortes reações na internet, onde floresce uma sólida campanha contra
Barbosa.
APARTAMENTO EM MIAMI
Como todos os presidenciáveis o temem,
ninguém sabe de onde está surgindo essa onda de ataques à probidade do
ministro Joaquim Barbosa. Aqui no Blog da Tribuna, por exemplo, é um
verdadeiro festival. Todo dia são postados ácidos comentários denegrindo
a honorabilidade dele. Os mais recentes dão conta de que Joaquim
Barbosa comprou “um apartamento luxuoso em Miami”, segundo uma matéria
da Folha.
Assinada por Matheus Leitão e Rubens
Valente, a reportagem dá conta de que Barbosa realmente comprou um
apartamento em Miami, avaliado em R$ 1 milhão. O que causa estranheza é
que essa matéria está sendo reproduzida na web como se fosse um grande
escândalo. Tal repercussão -mais do que exagerada – mostra a que ponto
chegamos, porque apartamento por R$ 1 milhão, em Miami, só pode ser um
quarto e sala.
O fato é que a campanha contra Barbosa é
implacável. O pente fino que estão passando em sua viva/carreira é de
um rigor raramento visto na mídia brasileira. Está sendo pior do que a
situação vivida por Leonel Brizola no início do regime militar, quando
teve sua trajetória política e pessoal vasculhada de alto a baixo, sem
que nada encontrassem de desabonador.
Detalhe importantíssimo: essa
perseguição a Barbosa está tendo efeito contrário. Ao invés de
desestimulá-lo a disputar a eleição, está motivando-o a concorrer. E não
faltam partidos a assediá-lo. Mas ele tem tempo. A legislação permite
que magistrado somente se desincompatilize e se filie a algum partido
quatro meses antes da eleição. Ou seja, até o dia 4 de junho de 2014.
Até lá, Joaquim Barbosa pode continuar
presidindo o Supremo e mostrando serviço, fora da disputa, enquanto os
outros presidenciáveis se digladiam, abrindo caminho para sua atropelada
por fora, como se diz na linguagem turfista.
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