Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva - Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.
"Considerando:
que o dilema – lealdade versus disciplina – é desafio que se apresenta
em situações extremas na carreira dos profissionais das armas,
particularmente aos que galgam os mais altos escalões de comando e
chefia;
Considerando:
que esse dilema desaparece quando silêncio e omissão contribuírem para
causar um dano insuportável à Nação e à Instituição, estas sim, e nesta
ordem, credoras de sua lealdade; que em passado não muito distante, a
lealdade à Nação evidenciava disciplina em seu grau mais elevado,
considerados missão constitucional das FA e juramento do militar à
Bandeira;
Considerando:
que a crítica – “na reserva, o militar fica inteligente e valente” nem
sempre é cabível-, primeiro, porque é legal sua livre manifestação sobre
assuntos de interesse geral, inclusive os militares e, segundo, porque
antes de generalizar a crítica, convém lembrar, muitos passaram à
reserva justamente por terem primado sempre pela franqueza e coragem
moral;
Considerando:
que a liderança pressupõe a submissão total à consciência, juíza perene
da existência, e não aos cargos e funções, de passagem eminentemente
efêmera, uma população estupefata exige respostas!
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: a evolução
acelerada de um separatismo indígena, fomentado por interesses/pressões
internacionais, comprometendo a soberania e posse de grande parte do
nosso patrimônio em benefício da «comunidade mundial” (leia-se Conselho
de Segurança da ONU); a proposição do PNDH3, de ratificação da
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, reconhecendo a existência
de 608 nações apátridas dentro da Nação brasileira;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: a ação
deletéria da Comissão Nacional da “Verdade”, que escracha civis e
militares de reconhecido valor no esforço de guerra ao terror dos anos
60/70;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: a indigência
atual da Força Terrestre, sem que se exija reverter sua situação
caótica pela participação maior no PIB, haja vista os seguidos cortes
nos recursos e o temerário prazo a perder de vista na implantação de
vitais projetos estratégicos de defesa;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: o permanente
aviltamento do nível salarial nos soldos de seus filhos e netos que
vestem farda, se comparado com os de não poucos “políticos probos”
homiziados na governança e no parlamento;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: o processo
continuado de gendarmerização dos contingentes, preconizado pelo
“Consenso de Washington”, preterindo as marciais manobras de grande
comando pelo papel de guarda nacional em operações eminentemente
policialescas;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: o movimento
subversivo, de “quinta-coluna”, poderoso nos três poderes da República e
em refugos da sociedade para romper o compromisso com as nossas
tradições e princípios basilares do dever e honra militares;
Até
quando o Exército da Pátria vai pagar para ver, tolerando: a versão dos
nossos verdadeiros inimigos de que o resfolegar de um «nefasto exército
de ontem» está dando lugar ao «exército politicamente correto de
hoje»?"
Enviada por meu amigo Major Gazzoni.
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