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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Um novo perfil para o corretor de imóveis

A profissão de corretor de imóveis esta semana completou 48 anos de regulamentação e aponta mudanças significativas ao longo destas quase cinco décadas. Uma pesquisa aprofundada feita pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) durante dez meses apontou que hoje o nível de escolaridade dos corretores está cada vez mais alto, há mais profissionais autônomos e na última década, cerca de 60 mil profissionais ingressaram no mercado de trabalho. A estabilidade também ficou marcada na pesquisa, uma vez que 72,86% dos entrevistados residem em casa própria e 78,73% possuem automóvel.
DivulgaçãoTrabalhar com vendas nunca foi problema para Emerson Rosa Lima (40).  Há cinco anos, ele trocou o trabalho de uma grande empresa de alimentos, para se tornar gerente da Fé Negócios Imobiliários, em Vila Velha. Na imobiliária, além da gerência, ele acumula a função de corretor.
Assim como Emerson, muitos profissionais estão abandonando as profissões e migrando para a corretagem de imóveis. Na opinião dele, não basta apenas o desejo da mudança. Para se dar bem no novo ofício, o corretor deve manter alguns pré-requisitos indispensáveis. “Todo corretor tem de ser dedicado, antenado ao mercado, ter contatos, bons relacionamentos e pontualidade. Além disso, cumprir rigorosamente o que foi acordado”, pontuou.
A estabilidade pode ser atribuída ao controle financeiro. Lima, lembra que o mercado imobiliário é cheio de altos e baixos. Vai ter mês que o corretor vai vibrar com os valores das comissões. No entanto, também terá que conviver com a seca de vendas. “O corretor às vezes dorme rico e acorda pobre. Por isso, uma boa administração financeira faz parte da realidade do profissional”.
DivulgaçãoDe acordo com o diretor da imobiliária Francisco Rocha Imóveis (FRI), Francisco Rocha, que acompanhou desde o início a evolução da profissão, pois atua há quase 40 anos na área, essas mudanças também estão presentes em sua empresa, principalmente no que diz respeito a faixa etária e nível de escolaridade.
Antigamente a profissão era composta por aposentados e pessoas mais velhas, entre 45 e 57 anos, e muitos a praticavam como segunda profissão por oferecer horário flexível. Hoje essa realidade não faz parte de muitas imobiliárias, a FRI, por exemplo, conta com um novo perfil de profissional, com idade entre 20 e 40 anos. “São jovens universitários e pessoas com formação acadêmica em diversas áreas, que descobriram na profissão uma segurança, pois oferece significativo ganho mensal”, diz Rocha.
DivulgaçãoA profissão de corretor de imóveis abriu várias portas para Alex Ferreira, que hoje atua como superintendente comercial na Imobiliária Francisco Rocha Imóveis (FRI), e tem formação internacional em coaching. A dica do profissional para quem quer ingressar na carreira é dedicação e conhecimento. “Um bom corretor com conhecimento pode se tornar um consultor imobiliário, coordenador, superintendente, entre outras áreas que a carreira oferece, basta ter ambição, determinação e estudar que tem futuro”, indica a Alex.
Com duas graduações em administração e publicidade, Ferreira viu na profissão de corretor uma promissora carreira. Ele trabalhava no Jornal Estadão, em São Paulo, quando recebeu a proposta. Ainda em SP, no primeiro ano na nova carreira, conseguiu fechar negócios milionários para a empresa que trabalhava. “Foram 32 vendas no ano, com faturamento de 14 milhões para empresa e salário que chegava a até 25 mil”, conta.
DivulgaçãoPara o consultor imobiliário José Luiz Kfuri as maiores conquistas do corretor de imóveis foram à qualificação profissional e a evolução no segmento. Hoje, eles recebem treinamento e capacitação periódica. “A exigência parte das próprias empresas. Elas praticamente obrigam os profissionais a se capacitarem. O corretor passou a ser uma espécie de consultor, preocupado com as necessidades de cada cliente”, explicou. Ainda segundo Kfuri hoje o corretor participa de todo planejamento do empreendimento. Ele ouve e orienta tanto a construtora quanto os clientes. “O corretor é igual a aquele médico de família. Sempre tem alguém querendo uma opinião”, comparou.
Segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Espírito Santo (CRECI – ES) o número de corretores no Estado é de pouco mais de quatro mil.

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