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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Bebê que nasceu em acidente tem deformidade na perna, diz hospital

Médico explica que problema não precisa ser tratado com urgência.
Criança nasceu após a mãe morrer atingida por caminhão, em Goiânia.


Isabela é transferida para berçário do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, Goiás (Foto: Divulgação/ HMI) 
Isabela passa bem e está internada na enfermaria
da Clínica Pediátrica (Foto: Divulgação/ HMI)
A menina Isabela, que nasceu há três dias após a mãe morrer ao ser atingida por um caminhão, em Goiânia, possui um encurvamento na tíbia direita, informou nesta sexta-feira (7) o Hospital Materno Infantil (HMI), onde ela está internada. A recém-nascida passa bem, mas só deve receber alta médica na próxima semana.
Constatada em um exame de raio-X, a deformidade no osso pode ter sido causada durante a gestação ou com o impacto do nascimento durante o acidente. "Acreditamos que o encurvamento foi causado pela forma que ela nasceu, mas isso nós não temos como saber", explicou ao G1 o diretor-técnico do hospital, o pediatra Ivan Isaac.
A menina foi avaliada por ortopedistas da unidade de saúde logo após o problema ser constatado. “Não tem urgência de tratar agora. Os ortopedistas já avaliaram. Agora temos que nos preocupar que ela mame, tome vacina e cresça bem”, afirmou o diretor-técnico do hospital.
Ivan Isaac explica que, em alguns meses, ela vai ser reavaliada por ortopedistas. De acordo com o diretor do HMI, o encurvamento na tíbia pode ser corrigido espontaneamente com o desenvolvimento da criança. Caso isso não aconteça, há dois tipos de tratamento. “Podemos corrigir com gesso ou com cirurgia. Nos dois casos, é preciso anestesia geral”, adianta.
Encaminhada para a unidade desde que nasceu, na terça-feira (4), Isabela não sofreu nenhuma lesão grave. Além do encurvamento, ela teve duas fraturas ósseas, uma na clavícula e uma na testa, ambas do lado esquerdo. Na quinta-feira (6), a criança foi transferida do Pronto Socorro Pediátrico para a enfermaria da Clínica de Pediatria.
No 8º mês de gestação, a mãe de Isabela, Antônia Dulcimar Batista, de 27 anos, morreu no momento do acidente e o bebê nasceu com o impacto da colisão. A mulher estava em uma motocicleta com o marido, Vladimir Lopes Oliveira, de 29 anos, quando o casal foi atropelado por um caminhão.
O pai da recém-nascida, que conduzia a motocicleta, chegou a ser socorrido consciente e levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). No entanto, ele morreu durante procedimento cirúrgico na unidade de saúde.
Antônia Dulcimar Batista, de 27 anos, e Vladimir Lopes Oliveira, de 29, morrem em acidente de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Casala morre em acidente de Goiânia (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Vídeos
Imagens feitas por câmeras de segurança mostram o momento do acidente, na terça-feira (4). Em uma motocicleta, o casal estava parado na frente de uma carreta em um semáforo na Avenida Santa Maria, no Residencial Cidade Verde.
No vídeo, é possível perceber quando uma caminhão em alta velocidade atinge a carreta, que por sua vez atropela a motocicleta. Antônia e Vladimir estavam a caminho de uma unidade de saúde para marcar a última consulta do pré-natal.
Um cinegrafista amador registrou a vítima com o bebê ao lado. Ele também gravou o momento em que a equipe do Samu chegou ao local. Ao perceber que a mãe tinha chances remotas de sobreviver, os socorristas atenderam primeiro o bebê.
Acidente mata grávida e marido, mas bebê nasce com o impacto e é salvo em Goiânia, Goiás (Foto: Divulgação/Ag. Mais)Em motocicleta, casal é atropelado por caminhão
(Foto: Divulgação/Ag. Mais)
Investigação
O caminhoneiro que causou o acidente, de 36 anos, fugiu, mas voltou ao local da colisão com um advogado. Ele prestou depoimento na Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) no final da manhã de terça-feira. O motorista não ficou detido porque se apresentou espontaneamente à Polícia Civil. O teste de bafômetro apontou que ele não estava embriagado no momento do acidente.
A delegada responsável pelo caso, Silvana Nunes Ferreira, informou ao G1 nesta sexta-feira (7) que aguarda o laudo pericial para concluir o inquérito. "No depoimento das testemunhas não houve divergência. Só com a perícia poderemos concluir se houve problema mecânico nos freios ou se o caminhoneiro foi imprudente", afirma.

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