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segunda-feira, 19 de maio de 2014

A atitude do governo Dilma de recuar na proposta de lei dura contra vandalismo é mais uma atitude eleitoreira e pusilânime


Membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra montaram barricadas e começaram incêndios perto da Arena Corinthians, em Itaquera (Foto: Cristiano Novaes/Agência Estado)
Membros do chamado Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) montam barricadas, impedem o trânsito e começam incêndios perto da Arena Corinthians, no bairro paulistano de Itaquera: isso é manifestação “pacífica”? (Foto: Cristiano Novaes/Agência Estado)
Ih, lá vem ele de novo. Parece que tenho implicância pessoal com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, mas o problema não sou eu — e, sim, o que ele diz e faz.
Justamente agora, em meio a manifestações, várias delas transformadas em baderna, vem Gilbertinho e anuncia que o glorioso governo da presidente Dilma desistiu de propor ao Congresso Nacional projeto de lei que previa punições mais rigorosas contra manifestantes baderneiros, ou seja, aqueles que praticassem atos de vandalismo (que têm sido a tônica geral dos protestos).
“A presidente”, disse o ministro, “chegou à conclusão de que não era prudente a gente (sic) fazer neste momento uma nova lei [quem faz leis não é "a gente", o Planalto, mas o Congresso, não custa lembrar], porque evidentemente soaria como tentativa de criminalizar ou punir as manifestações”.
Ué???? Mas o projeto era justamente para isso — CRIMINALIZAR e PUNIR não as manifestações, porque felizmente vivemos em uma democracia, mas a BADERNA que vem ocorrendo em 90% delas!
E o ministro — quem ainda leva a sério o que ele diz — garantiu: [Atos de violência] Não ficarão impunes”.
OBSERVAÇÃO: eles, todos eles, ESTÃO ficando impunes!
Continua o ministro: “Esse (sic) é um recado claríssimo!”
OBSERVAÇÃO: alguém ouve os recados do Planalto?
Prossegue Gilbertinho: “Não se trata de recuar nem de diminuir o rigor da (sic) aplicação da lei”.
OBSERVAÇÃO: se trata, sim! Se o governo queria um projeto mais duro contra a baderna, e desiste dele, não é um recuo? E que rigor na aplicação da lei que está sendo observado?
Onde? Quando? Contra quem?
Mais uma vez, palavras ao vento. Mais uma vez, o governo deixa de fazer algo importante para a sociedade — propor legislação para melhorar a segurança pública, num momento de desordem generalizada — pensando nas eleições, com medo de perder votos dos “movimentos sociais” e outros setores.
Mais uma atitude eleitoreira e pusilânime.
Felizmente há no Congresso projeto de lei que está sendo relatado pelo aplicado senador Pedro Taques (PDT-MT), que é independente do governo, regulamentando justamente os excessos e a mazorca nas manifestações.
O senador só está em dúvidas sobre incluir ou não no projeto — por questionar a constitucionalidade da medida — a proibição do uso de máscaras em protestos.
Mas, como já fiz antes, pergunto: qual objetivo, senão pessimamente intencionado, tem alguém que vai com o rosto coberto a uma manifestação?
O risco, no caso do projeto relatado pelo senador Pedro Taques, é o Congresso aprovar e a presidente vetar.

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