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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A aventura do goleiro Júlio César em Londres

Brasileiro, agora no Queens Park Rangers, ainda sonha ser campeão do mundo pela seleção brasileira


O goleiro Júlio César e a camisa de seu novo clube, o Queens Park Rangers
Foto: Divulgação
O goleiro Júlio César e a camisa de seu novo clube, o Queens Park Rangers Divulgação
RIO - Júlio César fez uma mudança de vida, de realidade. Mas, ao mesmo tempo, se impôs o compromisso de resgatar o passado. Quer, de novo, ser o camisa 1 da seleção brasileira. Para tanto, admite que precisa recuperar a forma, reviver seus melhores momentos. E terá que fazê-lo em outro país, onde se joga outra escola de futebol e em outro tipo de clube. Após sete anos no Internazionale, aceitou o desafio de um clube que quer ser grande e estreou sábado no Queens Park Rangers, no empate em 0 a 0 com o Chelsea. Se o projeto do clube do milionário malaio Tony Fernandes, dono também da equipe Lotus de F-1, é ambicioso, Júlio César admite que há uma dose de risco e que uma dose de relaxamento pode tê-lo afastado de sua melhor forma. O goleiro parece determinado a fazer de tudo para, nos próximos 22 meses, convencer Mano Menezes de que merece defender o gol do Brasil na Copa do Mundo de 2014, que considera sua última chance real de ser campeão do mundo pela seleção. Para tanto, precisa que dê certo o que definiu como uma "aventura" em Londres. Por telefone, ele falou sobre se era o momento certo de deixar o Internazionale:
— O clube está fazendo uma reformulação administrativa. O que eu soube, é que não tinham condições de pagar salários altíssimos. Eles escolheram alguns jogadores para este novo projeto e atingir um patamar que se encaixasse na economia do clube. Foi isso. Propuseram uma redução salarial para eu continuar, mas não chegamos a um acordo.
Ele lembrou que continua com vínculos com o time italiano:
— O vínculo não foi cortado. Isso é o mais legal. Com as pessoas do clube, com a torcida, a relação não mudou.
O goleiro explicou porque escolheu o QPR.
— O projeto deles é bem legal. Eles querem fazer um Centro de Treinamento novo, um estádio novo. No primeiro ano, será difícil. Mas o objetivo é brigar por títulos no futuro.
E contou que sonhava morar na Inglaterra.
—O futebol inglês me seduz, além do fato de aprender o idioma, que é uma coisa que sempre sonhei. Já estudo inglês com um professor particular há algum tempo. Era uma vontade minha aprender. E me seduz também conhecer outra cultura, morar em Londres.
Ele falou sobre a razão de não ter voltado ao Brasil.
— Surgiu uma situação real com o Palmeiras, mas não se concretizou. Seria bacana, claro. O fato de voltar ao Brasil tinha muito a ver com a seleção. Nunca escondi de ninguém meu sonho de ser campeão do mundo. Digamos que esta é minha última chance real de estar entre os 23 jogadores para uma Copa do Mundo. Então, tenho muito claro que, nestes 22 meses que faltam para a Copa de 2014, quero voltar a jogar bem e a ter meu nome cogitado.

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